Eleições 2014: Para cientista política, cobranças populares vão determinar campanhas presidenciais

24/07/2013 15:36

Pesquisa de opinião realizada pelo IBOPE revelou que boa parte dos eleitores brasileiros não sabem ainda em quem vão votar para presidente. De acordo com a pesquisa espontânea, ou seja, quando não há sugestão de candidatos, 40 por cento dos entrevistados disseram não ter um nome para votar nas eleições presidenciais, do ano que vem. Para a professora de Ciência Política, da universidade Federal de Goiás, doutora Denise Paiva, pesquisas como essa servem de alerta para os futuros candidatos que, segundo ela, vão ter muito trabalho para ganhar a confiança dos eleitores. Denise Paiva acredita que as manifestações que tomaram as ruas do país em junho vão moldar as campanhas dos presidenciáveis. 

"O eleitor estava mandando um recado para os governantes, de uma certa insatisfação, com os serviços públicos. Mais adiante, ele vai querer ouvir sim, destes candidatos quais são suas propostas. E que certamente os candidatos vão ter que colocar estes temas na suas plataformas e tentar dar respostas."    

A pesquisa IBOPE foi realizada entre os dias 11 e 14 de julho, com 2002 eleitores de 140 municípios. Mesmo prevendo um duro panorama para os candidatos nas próximas eleições, a cientista política Denise Paiva acredita que a alta indecisão dos eleitores a 15 meses do pleito é normal.

"Nós não sabemos efetivamente quais serão os candidatos, e o eleitor, se volta para pensar sobre estas questões mais próximo ao momento das eleições, quando isso estará efetivamente sendo discutido. É natural essa indecisão, essa indiferença."  

Entre os eleitores entrevistados pelo IBOPE, 16 por cento disseram que vão votar em Dilma Rousseff. O ex-presidente Lula aparece em segundo, com 12 por cento. Depois, surgem os nomes de José Serra e Joaquim Barbosa com três por cento. Geraldo Alkmin e Eduardo Campos somam um por cento, cada. Votos brancos e nulos são 13 por cento. A pesquisa espontânea do IBOPE não cita o nome da possível candidata Marina Silva. Contudo, na pesquisa estimulada, aquela onde nomes são apresentados ao eleitor, Marina aparece em segundo, com 22 por cento das intenções de votos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

Reportagem, Cristiano Carlos da Agência Rádio

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